Depois de duas semanas começo a perceber (e sentir) os efeitos. Tudo me parece tão simples e tão complexo; fácil de entender e, ao mesmo tempo, dúbio e confuso.
É o fim...ou o recomeço...ainda não sei e não consigo compreender e, talvez, precise renascer para entender o porquê das decisões serem tomadas para o meu bem.
Engraçado...sempre se esquecem de me perguntar o que eu acho ser bom para mim mesma...acho que isso sempre irá ocorrer, mesmo que eu insista em querer ser ou fazer diferente...o problema será aceitarem minhas ideias e minhas ações, quando estas dependerem de “aprovação” ou da vontade alheia.
Há momentos em que ser sozinha é uma necessidade e vai além de qualquer vontade.
O ato de respirar, piscar os olhos...há ações involuntárias e inatas do ser humano.
Há outras, em que a prática de ações implica a existência de outra pessoa. Prefiro não pensar nessas...há diversas que, sozinha, venho praticando há duas semanas e digo que estão me fazendo repensar cada minuto de minha existência.
Prefiro praticar, por um tempo, a 1ª pessoa do singular, seja qual for o verbo, pois sei que essa pessoa não irá esquecer de mim; saberá entender os meus problemas; irá se preocupar com o meu silêncio, a minha ausência e o meu choro; irá questionar o porquê da minha insônia; tentará me ajudar a entender o porquê de sonhar em duas das últimas quatro noites com morte; perceberá, claramente, os sentimentos que existem em cada palavra digitada e em cada lágrima derramada.
Agarro-me a você, único ser capaz de me fazer companhia e contar, junto comigo, quantos tic-tacs o relógio, que fica em cima da minha cama, dá.
Meu próprio eu: obrigada por não me afastar de você estar, sempre comigo, até quando Deus permitir que estejamos juntos.
Eu e eu...sozinha...única...exclusivamente ímpar...fruto de um novo fim e um novo recomeço.
Único sentimento que não tenho por mim mesma e que sinto pelos outros: SAUDADES...
Que se danem os outros!!!
Meus sentimentos só servirão à mim, agora...já aos outros, não programarei, pois não quero e, principalmente, não devo.
Mas lamento...por não me ter contigo...por você não ter a melhor versão da minha existência...por optar pela ausência dos meus sentimentos, com relação a ti.
É...eu te entendo...há momentos que precisamos do eu, antes de qualquer outra pessoa...também há escolhas que fazemos, que podem ter volta, podem ter recomeço...no entanto, há outras, que mesmo quando tentamos voltar, descobrimos que a porta está fechada e perdemos pelo caminho a chave.
Depois de duas semanas, ainda não cheguei a todas as conclusões que esperava chegar...precisei de palavras e olhos nos olhos, mas não as tive...até nisso me senti sozinha! Sinto muitas saudades, mas irei matá-las de outra forma.
Por fim, sinto não ter atingido meu download completo, mas sei que meu eu irá me ajudar.
Abraços fraternos.
(texto escrito às 3h, da última madrugada)